Pesquisa norte-americana recente associa o voluntariado a mais saúde
e ao aumento de 4 anos na expectativa de vida
Que o voluntariado desperta a solidariedade e a autoconfiança em quem o promove, todo mundo sabe. Mas recentemente um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriu que quem se dedica ao próximo tem a expectativa de vida ampliada em até quatro anos. O estudo, divulgado em agosto deste ano, analisou mais de 10 mil pessoas e concluiu que as que agem movidas pelo altruísmo envelhecem com mais saúde e têm reduzido o risco de mortalidade.
As pesquisadoras Sara Konrath e Andrea Fuhrel-Forbis descobriram que o voluntariado é capaz de propiciar um sentimento profundo e duradouro de bem-estar. Elas concluíram que as pessoas que realizaram alguma atividade em benefício do próximo nos últimos dez anos tiveram menor risco de mortalidade. Mas as estudiosas fazem um alerta: quem praticou o voluntariado por motivos “egoístas” não teve ganho algum.
Segundos as pesquisadoras, em entrevista por e-mail à reportagem da Gazeta do Povo, os benefícios existem porque nesses casos o corpo amplia a produção de ocitocina – substância responsável pela ativação do amor materno – que reduz o estresse, grande desencadeador de doenças graves. “Chamamos esse conjunto orgânico de ‘sistema de cuidado’, porque é uma resposta semelhante à que ocorre no cuidado maternal”, explicou a pesquisadora Sara Konrath. “A ativação crônica do sistema pode neutralizar os efeitos físicos do estresse, associado a todos os tipos de doenças graves, a exemplo das cardiovasculares e do câncer.”
Fonte: GAZETA DO POVO
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